Os povos indígenas Assurini do Tocantins e Parakanã entraram com uma ação de R$ 10 bilhões na Justiça Federal em Tucuruí, ajuizada no último sábado, 20 de setembro, para garantir participação nos resultados da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Segundo eles, há mais de 40 anos a usina explora o rio Tocantins sem dividir nada com quem sempre viveu às suas margens.
A ação pede também indenização por danos coletivos e sociais sofridos pelas comunidades desde os anos 80, quando o lago da usina mudou para sempre o modo de vida indígena.
A defesa das comunidades está nas mãos de José Diogo de Oliveira Lima, Hallex Roberto Muniz Mousinho, Luiz Alex Monteiro dos Santos, Alexandre Tadeu de Moraes Araújo e Tatiane Alves da Silva. O time de advogados já virou referência em direitos indígenas e socioambientais.
Eles resumem a causa em uma frase: não se trata apenas de royalties ou de números bilionários, mas de dar voz e reparação histórica a povos que resistem há décadas à exclusão e à invisibilidade.